Significado: do hebraico, significa “renascido das águas”
Presente no Livro do Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio (Bíblia) e no Alcorão
Profeta, intercessor, legislador e líder religioso,
Moisés é um dos nomes mais respeitados do
Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
Foi encontrado pela filha do faraó, dentro de um cesto,
e foi criado por ela para ser um príncipe da corte egípcia.
Com cerca de 40 anos, precisou fugir para Madiã
porque matou um feitor egípcio que massacrava um hebreu.
Lá casou-se com Zípora e teve dois filhos: Gerson e Eliézer.
Tempos depois, no Monte Horeb ele presencia a sarça ardente
que era tomada pelo fogo sem se consumir.
Dela, Deus se revelou e nomeou Moisés
como o Libertador de Israel.
Moisés volta para o Egito para libertar o povo hebreu,
mas o faraó não cede aos apelos.
Deus ordena à Moisés que diga ao faraó que
dez pragas estão reservadas para os egípcios,
caso seu coração não se compadeça.
Como o faraó se mostra irredutível, dez pragas assolam o Egito.
As pragas eram:
- As águas do Nilo transformando-se em sangue,
e impedindo que peixes vivessem ou fosse consumida pelo povo
- A infestação por parte de rãs
- Proliferação gigantesca de mosquitos
- Moscas varejeiras invadindo todas as casas e o palácio real
- A morte de rebanhos inteiros de animais
- Tumores e furúnculos sobre a pele dos egípcios
- Chuva severa de granizo
- Praga dos gafanhotos
- Trevas sobre o Egito
- Morte dos primogênitos
Antes da morte dos primogênitos, Deus disse a Moisés e Aarão
que fizessem com que as famílias dos hebreus celebrassem
e comessem um cordeiro assado,
com pães sem fermento e ervas amargas.
Havia até a roupa adequada para o banquete:
cintos na cintura, pés calçados e cajado na mão.
Era a Páscoa, a Passagem do Senhor, pois naquele dia, à noite,
o Senhor passaria pelo Egito e mataria
todos os primogênitos egípcios.
Para que não houvesse falhas,
o sangue do cordeiro imolado para refeição,
deveria untar as ombreiras das portas dos hebreus.
Quando o Senhor passasse naquela noite,
aquele que tivesse a terra untada de sangue,
não teria seu primogênito morto.
Foi só após a morte dos primogênitos das famílias egípcias
que o faraó permitiu a saída dos hebreus
(pois o filho dele acabou morrendo).
Mas, enchendo-se cólera novamente,
o faraó persegue os hebreus que são conduzidos
por Moisés através de Deus.
Em determinado ponto, a caravana dos hebreus
se depara com o Mar Vermelho.
Deus manda Moisés erguer sua vara em direção ao mar,
para que ele se divida e o povo possa passar em segurança.
E é o que acontece.
Quando os egípcios, que vinham logo atrás,
achavam que alcançariam facilmente o povo de Deus,
o Senhor cessou o vento forte
que sustentava as colunas abertas do mar,
e as ondas cobriram violentamente o exército do faraó.
Deus continuou conduzindo o povo e Moisés era o porta voz.
Moisés intercedia sempre pelos seus ao Senhor.
Não tinha água para beber no meio do deserto ?
Moisés pedia e Deus dava.
A comunidade murmurava contra Moisés pela falta de comida ?
Deus providenciou codornizes e maná.
Conflitos ? Deus protegia-os de todos.
Deus, através de Moisés, pediu para que o povo O ouvisse,
]e lembrasse da Aliança feita com Abraão, sobre a Terra Prometida.
A intimidade entre os dois era tão grande,
que Deus se manifestava como um trovão
ruidoso envolto numa fumaça.
Ninguém mais poderia chegar perto
daquela manifestação maravilhosa.
E num desses encontros, Deus pediu a Moisés
que esculpisse em tábuas de pedra os Dez Mandamentos.
para que o povo seguisse e ratificasse a Aliança.
Além dos Dez Mandamentos, havia outros decretos
em relação a escravos, leis sobre crimes e a Lei
sobre o Altar Sagrado e modelo do Santuário e seus sacerdotes.
Mas, vendo que Moisés demorava a descer do Monte Sinai,
o povo achou que algo tinha acontecido com os dois,
pois não se manifestava nada.
Decidiram fundir peças de ouro para modelarem um bezerro de ouro.
Serviria para “estar no lugar de Moisés, como líder do povo”.
Aarão, que era companheiro de Moisés,
e que estava junto com o povo, chegou a declarar algo como:
“eis aí quem os libertou da garra dos egípcios”.
Moisés desceu da montanha com as tábuas com os mandamentos,
e ao perceber que o povo adorava o bezerro
e comia e bebia ao seu redor, jogou as tábuas no chão,
quebrou o bezerro e o jogou no fogo.
O povo cometeria outros pecados,
até o dia em que o Senhor puniu com serpentes venenosas.
Vendo o tamanho da incredulidade,
o povo solicitou a Moisés para que pedisse
ao Senhor para retirá-las.
Então, o Senhor ordenou a Moisés que erguesse uma haste
com uma serpente de bronze à vista de todos:
quem fosse mordido e olhasse para ela, seria curado.
Moisés conduziu o povo pelo deserto
por muito tempo até o limiar de Canaã,
onde era a Terra Prometida.
Por causa de sua transgressão nas águas do Meribá,
o Senhor não permitiu que ele terminasse de levar
o povo à Terra sonhada.
Em seu lugar, seu ajudante leal, Josué,
foi quem terminou a famosa travessia.
Antes de morrer, entoou um cântico e abençoou seu povo.
Depois, subiu ao monte Nebo, para o cume,
e avistou a Terra que não pôde entrar.
Tinha cerca de 120 anos e o próprio Deus
o sepultou num túmulo desconhecido na terra de Moabe.
Além dos Dez Mandamentos, as leis e decretos do Senhor
são chamadas pelos judeus de Lei Mosaica
e compreende cerca de 600 tópicos.
Lei, em hebraico, é Torá e assim é tratada pelos judeus.
E não houve profeta maior que ele,
já que Deus se fez conhecido face a face.
Por Adilberto Junior.
