quinta-feira, 12 de março de 2015

13/40 - ELIAS, O PROFETA DO FOGO

Significado: em hebraico, “Javé é o meu Deus”
Presente no Livro dos Reis (Bíblia), Alcorão e textos judaicos rabínicos



A importância de Elias é tão grande,
que seu nome foi citado até nos textos do Novo Testamento.
Ele aparece no episódio da transfiguração de Jesus no Monte Tabor.
E muitos judeus que simpatizavam com Jesus,
achavam que ele era uma espécie de reencarnação de Elias.

Ousado, ele desafiou Acab, que era rei de Israel
e que tinha permitido cultos a outros deuses.
O culto mais difundido era ao deus Baal,
que era relacionado ao trovão, chuva, relâmpago e orvalho.
Ele confronta Acab e para defender Javé faz um desafio.
Convoca 450 profetas de Baal e 400 de Aserá
para irem ao Monte Carmelo.
Lá, dois altares seriam erguidos: um para Javé e outro para Baal.
Sobre eles, madeira e em cada um deles um boi sacrificado.

Elias pede aos profetas de Baal que comecem a rezar
para que seu deus venha devorar o sacrifício.
Eles rezam do começo da manhã até o meio dia sem sucesso.
Nisso, os profetas de Baal começam a se cortar
e derramar o próprio sangue sobre o boi sacrificado.
E assim continuam até o anoitecer.
Elias pede para que o altar à Javé seja encharcado com água
de quatro jarras enormes, três vezes.
Depois disso, ele pede a Javé para que consuma o sacrifício.
Do céu desce um fogo que consome o boi sacrificado,
a água e as pedras do altar.
A fúria foi tanta que os sacerdotes de Baal morreram,
e Elias clamou para que a chuva voltasse a cair naquela região.




















Naquela época, Israel vivia uma seca alarmante
e o povo passava fome.
E a rainha Jezabel, que ficou enfurecida com a morte
dos sacerdotes de Baal, mandou que matassem Elias.
Ele já havia profetizado a morte de Jezabel
e acaba fugindo para a região de Judá.
Lá, deseja morrer, mas ao adormecer, é acordado por um anjo
que mostra a ele pão e uma jarra com água.
O anjo pede ao profeta para que coma.
Isso se repete, quando Elias acaba de adormecer novamente.
Aquela provisão era para que aguentasse uma longa jornada.

Ele viaja quarenta dias e noite até o Monte Horeb
(onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos),
e ali Deus fala com ele.
Elias ainda fala de como o povo israelita
se desligou dos preceitos do Senhor.
Dentro de uma caverna, Elias recebe ordens do Senhor
para que saia dela e fique na Sua presença.
Ao sair, uma ventania passa por ele,
mas não sente que Deus está ali.

Na sequencia, um terremoto que sacode a montanha
também não causa a sensação em Elias de que Deus está ali.
Por fim, um fogo se acende ardentemente,
mas Elias não percebe a presença de Deus.
Até que uma brisa leve murmura “que fazes aqui, Elias ?”
e ele responde evasivamente, sem entender qual sua missão até ali.
Deus ordena para que siga até Damasco para ungir Hazael,
como rei da Síria e Jeú como rei de Israel.
É revelado também que ele será substituído por Eliseu.

Mas, sem dúvida, a história mais marcante
é a ressurreição do filho da viúva de Sarepta.
Ele tinha se escondido perto do riacho Carit
e era alimentado pelos corvos.
Mas, como o riacho secou, Deus ordenou
para que ele encontrasse uma viúva em Sarepta.
Chegando lá, nota que ela não tinha quase
nada para ela e seu filho comerem.
Tinha apenas uma pequena reserva de farinha e azeite para fazer pães.
Elias pediu para que ela fizesse pães,
e que não se preocupasse porque Deus a provisionaria.
Assim ela o faz e Deus cumpre a promessa mandando
o maná dos céus que seu povo havia rejeitado.
Elias ficou morando por algum tempo na casa da viúva,
e nesse meio tempo, o filho dela morreu.
Ela fica furiosa e Elias reza ao Senhor
para que ele ressuscite o menino.
E assim, ocorre o milagre.
Finalmente, o grande profeta do fogo foi arrebatado.
Elias, juntamente com Eliseu, se aproxima do rio Jordão.
Lá, ele dobrou seu manto e golpeou a água.
Imediatamente a água se dividiu,
permitindo que Elias e Eliseu caminhassem em meio a ela.
Repentinamente surgiu uma carruagem de fogo,
acompanhado por cavalos igualmente em chamas,
levantando Elias sobre um turbilhão.

Enquanto ele era erguido, seu manto caiu sobre solo,
e de onde foi prontamente apanhado por Eliseu.


























Por Adilberto Junior

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