segunda-feira, 2 de março de 2015

06/40 – JOSÉ DO EGITO

Significado: do hebraico, que significa “aquele que acrescenta”,
 “acréscimo do Senhor” ou “Deus multiplica”

 Presente no Livro de Gênesis e no Alcorão.

















José era o segundo filho mais novo de Jacó – Benjamin era o caçula –
e era responsável por apascentar as ovelhas do rebanho.
Certo dia, disse aos irmãos que teve um sonho em que seu feixe
ficava em pé enquanto outros onze de prostravam.

Em outra oportunidade, relatou que sonhou com o sol,
a lua e onze estrelas reverenciando-o.
Seu pai o repreendeu perguntando
se por acaso o filho governaria a família.
E por conta disso, mais o amor que Jacó tinha por José,
os outros irmãos o odiavam.
Num dia, enquanto procurava seus irmãos à pedido de seu pai,
José foi capturado por eles.
A intenção inicial era matá-lo e jogar seu corpo numa cisterna,
mas Ruben, um dos irmãos, interveio e a vida de José não foi ceifada.

José foi jogado numa cisterna profunda,
enquanto os irmãos comiam sem maiores preocupações.
Ao avistarem uma caravana de ismaelitas,
resolveram vender o próprio irmão por vinte moedas de ouro.
Os ismaelitas o levaram para o Egito.

E os irmãos voltaram para casa dizendo ao pai
que ele havia sido devorado por um animal.
No Egito, José foi acolhido por Putifar,
um ministro do faraó que era chefe da guarda.
A partir daí, ele passou a ficar bem sucedido,
já que prestava bons serviços à família de Putifar
e tinha Deus ao seu lado.
José foi nomeado administrador dos bens, tal era a confiança.

Mas, a mulher de Putifar queria dormir com José,
e acabou armando uma cilada levando-o a uma prisão.
No cárcere, Deus estava com seu servo fiel
e concedeu a graça da interpretação de sonhos.

E num determinado momento, junto com José
estavam encarcerados dois ministros do faraó,
o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros.
Eles estavam lá, porque entre outras coisas,
não eram capazes de interpretar o sonho do faraó.
Ele interpretou o sonho, viu seus companheiros saírem,
mas permaneceu preso.
Até que o faraó teve outro sonho com sete vacas lindas no início,
mas que eram seguidas por sete vacas velhas e feias.
Ao saber que José era um intérprete, o faraó chamou-o e José,
que barbeia-se antes do encontro,
diz ao faraó que o Egito teria sete anos de fartura e abundância,
mas que depois disso, haveria sete anos de fome terrível.
Como agradou ao faraó, José foi conduzido ao cargo de vice-rei
 ou governador geral do Egito.
E sete anos de fartura se passaram
e sete anos de fome assolaram o Egito.

Mas, como era inteligente, durante o tempo de fartura
estocou bastante mantimento para os egípcios
e para outras pessoas de outros lugares
que passariam
a viver duramente.
Foi no momento mais crítico que Jacó,
que morava
com os onze filhos em Canaã,
ordenou que todos eles, exceto Benjamin,
fossem comprar cereais no Egito.
E quem vendia os cereais era justamente José.
Quando os irmãos chegaram para a compra dos alimentos,
José os avistou e reconheceu cada um deles.
Mas, eles nem perceberam. Resolveu testá-los três vezes.

Na primeira, indagou-os sobre eles serem espiões.
Para escaparem do castigo, José pediu para que um deles
ficasse no cárcere enquanto os outros
buscassem o irmão caçula que diziam ter,
mas que não estavam com ele.
Simeão foi o escolhido a ficar encarcerado enquanto os irmãos
voltavam com o trigo para casa e buscarem Benjamin.
O segundo teste ocorreu quando os irmãos voltaram
com Benjamin para o Egito, e foram recebidos
por José em seu palácio.
Comeram e beberam com ele e ainda tiveram seus jumentos alimentados com ração.

No terceiro e último teste,
José pediu a um funcionário para enchesse os sacos
com muita comida e devolvesse o dinheiro a eles.
Mas, que acrescentasse uma taça de prata no saco de Benjamin.
Daí, quando partissem pela manhã,
José mandaria seu mordomo persegui-los para “dar um flagrante”.

Assim foi feito e os irmãos apavorados não acreditavam
que um deles tinha roubado qualquer coisa.
Chegaram a dizer que se encontrassem algo,
eles seriam escravos de José.
Quando encontraram a taça de prata no saco de Benjamin,
eles rasgaram suas vestes desoladamente
e voltaram ao Egito para se explicarem.
Mas, quando chegaram lá, José os recebeu e perguntou
sobre a história deles e se tinham mais algum irmão.

Judá respondeu que tinham um pai muito idoso,
e que temia pela vida do caçula Benjamin,
já que havia perdido outro filho devorado por animais.
José não se aguentou, chorou de forma tão ruidosa
que os egípcios ouviram do lado de fora
e revelou ser o irmão que eles haviam vendido.

Esse encontro cheio de emoção motivou José a acolher os irmãos
e o pai para que emigrassem para terras egípcias,
onde a fome não teria muita força
(e era só o segundo ano dos sete que ocorreria a fome).

Voltaram, deram a notícia à Jacó,
que se animou para partir para o Egito.
Com ele foram toda a família incluindo
filhas, netos e toda a sua descendência.
O faraó se alegrou com o encontro familiar e pediu para que José
os instalassem na melhor moradia nas terras de Gessen.
O reencontro de Jacó e José foi emocionante.
Os irmãos foram contratados para pastorear os rebanhos do faraó.
Antes de morrer, Jacó pediu ao filho para não ser
enterrado no Egito e sim na terra dos patriarcas.

Assim foi feito e José ainda estabeleceu
uma política agrária em todo o Egito.

 E José, ao morrer, ainda encontrou um momento
para se despedir de seus irmãos e perdoá-los.

Morreu aos 110 anos e foi sepultado num sarcófago, no Egito.
No Alcorão, José tem um capítulo só para ele,
que é considerado como um dos grandes profetas.

Em árabe, seu nome é Yusuf e segundo o livro sagrado do Islã,
ele era dotado de uma beleza inigualável.




















Por Adilberto Junior

Nenhum comentário:

Postar um comentário